PÁSSARO SEM ASAS CHEGOU AO FIM

PÁSSARO SEM ASAS CHEGOU AO FIM

(Genaura Tormin)

Concluída, enfim, uma história verdadeira,

um acalanto a esse nosso altruísmo aguerrido

de seguir no front das muitas batalhas

que nos fizeram vencedores

Eis as úlltimas palavras:

Deponho as armas, guardo a caneta, fecho o livro!

Chegou ao fim!

Sentar-me-ei para refletir e agradecer a cada um

dos leitores que me seguiram nessa jornada.

Valeu a pena essa minha caminhada por aqui!

E quando eu me for, nas asas do vento

de uma tarde linda, com mistérios e cores,

o Pássaro Sem Asas planará faceiro,

contando um pouco dessa

história de amor,

desse meu jeito guerreiro, faceiro,

valente de enfrentar desafios,

cantar a vida e seguir sempre.

À família,

Aos filhos e netos,

Deixarei saudades...

Presença silenciosa.

Frases inaudíveis

Ecoarão no ar.

Só, seguirei a minha estrada...

Nada levarei.

Não é necessário.

Para trás,

Um lar vazio,

Uma lembrança gasta,

Uma janela aberta...

Mas se um dia,

Sentirem a minha falta,

Juro, não é covardia,

Deixem rolar o pranto,

Espantem essa agonia.

Em nome dessa partilha,

E da felicidade

Que nos uniram um dia,

Relembrem os bons momentos.

E se eu puder,

Virei enxugar-lhes o pranto,

Num raio de sol,

Num bater de asas,

Num sopro de vento.

A você, meu marido, eis a obra concluída!

Uma ode de amor a nós dois, que soubemos fazer da

existência uma pista de dança,

num bailado perfeito de passos

executados com a mente bem direcionada, cujo mestre era você,

que sempre me dava a mão para a próxima dança.

E nesse cuidado, partiu primeiro para me apascentar o caminho,

receber-me na chegada!

Hasta luego!

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 13/05/2020
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