Mais uma vez chorar

Há uma flor em minhas mãos

uma arte perfumada da natureza

em minhas trêmulas e magoadas mãos.

Uma flor arrancada num jardim sem flores...

Há um céu tão azul e tão infinito

que a morte é algo a ser esquecido

e uma imagem penetrante do amor

entre uma poesia e sua inspiração.

Minhas mãos acariciavam o rosto pueril

de um ser que voava entre o mar

e o eterno, entre as palavras negritas

nas páginas de um livro

e o choro consumido da saudade

da solidão e da canção que toca

para me fazer mas uma vez chorar.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 10/05/2020
Código do texto: T6943307
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