Laço mortal
Criptonita!
forjada pra me fazer sofrer,
enfeitada com o mesmo
laço de fita;
ferida que não se cura…
veneno que me faz morrer.
Quando me toca,
faz minha força esvair.
Na sua presença,
meu destino é sucumbir.
No seu olhar, novamente,
minha vontade é de sumir.
Abstinência!
saudade, destruição.
Precipício!
Você é meu próprio precipício,
vicio, penitência.
Estou caindo lentamente,
degustando meus últimos
momentos de existência.
Ainda sinto,
a facada de seu abandono.
Sinto muito!
O replay da sua voz,
no meu ouvido,
dizendo: te amo,
é incessante,
não minto.
Parece sonho, de um sono
indespertável.
Criptonita!
forjada pra me fazer sofrer,
enfeitada com o mesmo
laço de fita;
ferida que não se cura…
veneno que me faz morrer.
Miragem que bateu
na minha porta,
lembrança corrosiva,
torta,
morta…
tentando reviver,
permanecer.
Seus olhos verdes
fatais, me envolveram,
de mim retiraram a paz.
olhar hipnotizante,
marcante, de um semblante
que não vejo mais.
Eliminado, no chão,
conheci profundamente
meu ponto fraco.
Fraco!! muito fraco…
sem reação,
desacordei.
Criptonita!
forjada pra me fazer sofrer,
enfeitada com o mesmo
laço de fita;
ferida que não se cura…
veneno que me faz morrer.
Nunca mais,
eu soube o que era viver.
não acordei.
E o sonho perpetuava,
se eternizava, oscilando
com pesadelos.
"E assim, o "herói"
conhece o fim.
seu coração
jamais de ferro,
se corrói.
Sua fraqueza
é revelada,
fica preso no limbo
da própria mente,
que continuamente
se destrói"
"Por muito tempo, desejou
reencontrar
quem o deixou.
Quando ele estava terminando
de se curar da última ferida,
ela retornou;
depois que o destruiu
ela partiu.
e tudo se acabou,
se acabou,
se acabou..."