túrgido desespero em minhas mãos
pegue este caderno
manchado com os anos
que se passaram,
mas solte as lágrimas
de sua egotista
prisão.
o hálito de vinho foge
da garrafa
embriagando sonhos
com o frescor erótico
dos deuses.
homens não podem perder
aquilo que nunca tiveram,
e seus sentimentos são
pejorativos,
marcados pela violência
de tempos antigos, de quando
a inocência beijava a despedida
em sua testa.
hoje eu vejo um céu vazio, e me afasto
da realidade
e suas dores de saudade.