MINHA SAUDADE
Encarar asfaltos,
Prédios...
Esse Centro cinza de verdes desajeitados,
de cidade, de um tempo sem urbanistas,
e muita urbanidade.
Mundo insulso, sem Ti!
Agora sei a dor de conhecer tua textura de mar,
e de fonte nesse sítio sempre redesenhado,
por nosso caráter inventivo, pedindo para ser explorado...
Ah, a forma intensa e arredondada do prazer,
e o certeiro e amolado golpe que nos leva às entranhas do conhecimento...
Sempre existirá algo mais do que o claro e o escuro
em cada evento.
Fórmulas que ao somar nos subtraem dos inocentes sonhos...
Os meus segredos, jamais saberei, pois levas contigo.
Sou o que somente Tu podes possuir.
Assim sei de Ti cousas e cores que não conheces,
mas que ganham ênfase, e desproporcionalidades
quando partes de mim...
Sabendo-se ausência,
Dói essa presença enquanto saudade
deixando-me sem parques, nem flores
para distrair.