TEU NOME
Exultam em escutar teu nome meus ouvidos,
Contenta-me em dizê-lo a minha boca;
A festejar lembranças e momentos tidos
Nesta vida frenética e quase louca.
Tais quadros imergem na memória aquecidos
Numa sensação descomunal e sem ser oca.
Caço nos ensejos quão límpidos, tão atidos,
A vontade singular de ti rever que não é pouca.
Teu abraço, teu calor voraz, por mim apetecidos
Neles levito sem sustar, linda e faceira cabocla;
Dos rabiscos e letras noutros textos outrora lidos
Encontro e a ti chamo com voz afônica, quase rouca.
Houvera escutado nomes que o teu mais insistidos
A entristecer-me como alguém do cadafalso à forca;
Não quereria outros gestos mais que sentidos,
Senão os de ouvir teu nome da minha própria boca.