Sem lenço...”






Estou a caminho daqueles instantes
onde nos perdemos em despedidas,
onde nem momentos de antes
foram suficientes para horas contidas
serem arribadas.
Estou pelos caminhos sem voltas,
nas idas dos perdidos
sem madrugadas nem estrelas,
sem pássaros de asas vermelhas
anunciando um novo dia.
Estou pelas solitudes das cadeias,
nas grades frias do meu quarto
de paredes hoje tão difíceis e feias,
bem duras de suportar, apenas pelo fato
de nada existir de você.
Estou pela vida sem rumos,
sem princípios, para algum lugar
com fictícios lampejos, sem um por que,
sem razões para contornar, redescobrir
os caminhos que me levem até você.