LÁGRIMAS

Choro do meu ai nesta vida,

O meu grande sofrimento,

Que sinto a minha voz perdida,

De estar triste neste momento,

No meu rosto uma lágrima caída,

Nesta tristeza que me lamento,

O choro da minha vida querida,

Numa estrada que vê o vento,

A passar a chuva colorida,

Na minha lágrima que eu tento,

Por esquecer nesta minha vida,

Nas asas do sonho que invento.

Caem lágrimas pelo rosto fora,

Dos meus olhos de ternura,

A minha juventude se foi embora,

ai que saudades de tristura,

Foram tempos de outrora,

Tempos que nunca duram,

Mocidade, como é agora?

Sicatrizes que não curam,

Ás vezes apetece-me chorar,

Deitar uma lágrima no ar,

A vida é muito dura,

É uma prisão insegura.

Vou chorando eternamente na vida,

Que assim têm pena de mim...

Esta infelicidadade tão sentida,

São lágrimas do meu sentir, enfim,

Me sinto aqui nesta tristeza.

Um pedaço da vida que não tem fim,

E a vida não tem beleza,

Tenho na vida com incertezas,

Dum futuro que gosta de mim.

Quem sou eu afinal? Quem sou eu?

Que vivo nesta terrível Solidão,

Mais velho, mais triste, olhando o céu,

Que precisa de carinho, Amor e razão,

Muita compreensão dum bom coração,

E o Mundo ainda não se convenceu,

Que sou de carne e osso, pois então,

Ter Amizade e me dando a mão,

É triste não ter Mãe, não ter pai.

LUÍS COSTA

07/07/96

TÓLU
Enviado por TÓLU em 05/04/2020
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