Dentro de si
Quem sente, sofre e habita
a natura potente e agreste;
se cala ao passo longínquo,
a vida, o levante do cipreste.
Quem pensa, se fixa, analisa
o reboliço bravio das ondas,
reflete, se olha e se encontra,
diminuto ser, vil, nefando e afronta
ainda a própria existência.
Ah, quem pára, pensa e anda,
salpicando com os pés descalços as brancas areias,
deixando o leve sopro de brisa
tocar mansamente o rosto,
pondo em desalinho os cabelos;
este ama na borrasca e se delicia ao raio de luz.
Ah, quem faz da tempestade um raio de sol,
amando na luz quando pende a chuva;
este sim, não se abate, não se turva,
mesmo perante ao desequilíbrio humano.
Ah, quem sente, pensa, anda e sofre,
carrega em si a imagem de ser alguém...
de ser poeta.
Quem sente, sofre e habita
a natura potente e agreste;
se cala ao passo longínquo,
a vida, o levante do cipreste.
Quem pensa, se fixa, analisa
o reboliço bravio das ondas,
reflete, se olha e se encontra,
diminuto ser, vil, nefando e afronta
ainda a própria existência.
Ah, quem pára, pensa e anda,
salpicando com os pés descalços as brancas areias,
deixando o leve sopro de brisa
tocar mansamente o rosto,
pondo em desalinho os cabelos;
este ama na borrasca e se delicia ao raio de luz.
Ah, quem faz da tempestade um raio de sol,
amando na luz quando pende a chuva;
este sim, não se abate, não se turva,
mesmo perante ao desequilíbrio humano.
Ah, quem sente, pensa, anda e sofre,
carrega em si a imagem de ser alguém...
de ser poeta.