Minha Canção do Exílio (Santana do Maranhão)
Minha terra tem um rio
Onde nada o jacundá
As águas que banham aqui
Não banham como as de lá.
Nossos dias têm céu azul
Nossas noites, mais luar
Nossa gente tem mais sonhos
Que não se sonham por cá.
As madrugadas são mais frias
E o vento, o sol quente, sem par
Tem suas águas cristalinas
Que nos ensinam a amar.
Minha terra tem um rio
O Magu, forte e fecundo
Índio guerreiro valente
Corre solto, abraça o mundo
Sinto por minha terra
Gratidão e amor profundo.
Não permita Deus do céu
Que eu não volte para lá
Que eu esqueça a minha gente
E as plagas do lugar
Que não encerre a minha vida
Onde nada o jacundá.