Nessa noite...

Nessa noite…

No silêncio da noite

Enquanto a cidade adormece

Eu aprecio a acalmaria da madrugada

A sua escuridão, o seu vazio…

Deixo o vento balançar meus cabelos negros e longos

Deixo as lembranças hibernar na alma, tomarem rumo e formas.

Deixo a memória de um amor que o tempo não consegue apagar se tornar real e vivo

Deixo a brisa fria tocar em minha fase em minh'alma despertando o que não consegue adormece.

Trazendo a saudade tácita e inconfessa que inflama, questiona e insiste em ficar,

trazendo assim, o gosto amargo do que foi inevitável.

Sim, sussurrando seu nome baixinho em meus ouvidos ,

Trazendo saudades de corpos em erupções,

De beijos que imanavam mel sobre a fonte

Olhares que não precisavam de palavras para entender o desejo.

De sorrisos que traduziam o que os corpos queriam sentir

Onde o amor invadiu meus versos melancólicos e solitários,

Deixando- os mais reais e dolorosos nessa noite fria.

Deixando- a em prantos seus versos pelo avesso sem conteúdo e nem arranjos

Sem rima, apenas deixando saudades e lágrimas borrando por toda a poesia.

Mônica Albuquerque

26/Março/2020

Mônica Albuquerque
Enviado por Mônica Albuquerque em 25/03/2020
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