Me Questiono
Me questiono
Do que é feito esse oceano
Que tende a nos jogar
Um longe do outro,
Que sem avisar atiça
Uma tempestade sem sentido.
Que nos distancia
Até sobrar nada mais
Que uma imensidão
De questionamentos.
Imenso, agoniante,
Um tempestuoso oceano.
Me questiono
O motivo de ser tão difícil
Te enxergar como todos,
O que há de mais em você?
Me faltam palavras,
Nem com mil goles
Do mais forte álcool,
Com toda a coragem,
Sinceridade e loucura da bebida;
Nem com tudo isso as palavras surgem
Quando tudo que me sobra
É a visão de suas costas já distante.
Ah, ainda espero ansiosamente
Por ouvir sua voz novamente,
Porque é nela que me lembro
Das coisas boas que a vida pode ter.
Não te vejo como o motivo da minha vida
Nem como a pessoa mais importante dela,
Mas és um complexo e incontrolável
Enigma presente na mesma,
Que me faz sentir algo digno de versos.
Reconheço que és minha melhor amiga,
A mais bela e viciante companheira,
De curvas cósmicas.
De olhos profundos.
Oceânica,
Irritante
E cabeça dura.
Me questiono
Novamente o motivo
De estares longe,
Gostaria de saber
O porquê de escrever isto.
Escrevo com esperança
De que algum dia você venha a ler
O sentimento que vive nessa poesia.
Por ora, espero que o mar se acalme
Que a tempestade suma, que o céu azul
Que você tanto gosta volte a reinar
Sobre nós.