Me Questiono

Me questiono

Do que é feito esse oceano

Que tende a nos jogar

Um longe do outro,

Que sem avisar atiça

Uma tempestade sem sentido.

Que nos distancia

Até sobrar nada mais

Que uma imensidão

De questionamentos.

Imenso, agoniante,

Um tempestuoso oceano.

Me questiono

O motivo de ser tão difícil

Te enxergar como todos,

O que há de mais em você?

Me faltam palavras,

Nem com mil goles

Do mais forte álcool,

Com toda a coragem,

Sinceridade e loucura da bebida;

Nem com tudo isso as palavras surgem

Quando tudo que me sobra

É a visão de suas costas já distante.

Ah, ainda espero ansiosamente

Por ouvir sua voz novamente,

Porque é nela que me lembro

Das coisas boas que a vida pode ter.

Não te vejo como o motivo da minha vida

Nem como a pessoa mais importante dela,

Mas és um complexo e incontrolável

Enigma presente na mesma,

Que me faz sentir algo digno de versos.

Reconheço que és minha melhor amiga,

A mais bela e viciante companheira,

De curvas cósmicas.

De olhos profundos.

Oceânica,

Irritante

E cabeça dura.

Me questiono

Novamente o motivo

De estares longe,

Gostaria de saber

O porquê de escrever isto.

Escrevo com esperança

De que algum dia você venha a ler

O sentimento que vive nessa poesia.

Por ora, espero que o mar se acalme

Que a tempestade suma, que o céu azul

Que você tanto gosta volte a reinar

Sobre nós.

Alexander Bertoti
Enviado por Alexander Bertoti em 10/03/2020
Código do texto: T6885009
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