Uma confusão ambulante
Ultimamente pareço um novelo de lã emaranhado,
cheio de nós e linhas confusas.
Cada vez que a saudade bate,
ocorre pelas lembranças ainda vívidas em minha memória.
Quero guardá-las em um baú, para ter a força de seguir em frente.
Poemas é a minha única alternativa agora.
Já não sei dizer o que sinto, mas garanto que já não é o mesmo.
Mudanças ocorreram desde aquele dia.
Amadurecer não é nada fácil, todos me diziam.
Sorrisos dados, abraços trocados, novas amizades
são minha vida agora.
Como uma Fênix, ressurgimos das cinzas.
Ninguém morre de amor, mas cansa amar.
Uma confusão ambulante, afeto a todos com minhas linhas desengonçadas.
Amarro um aqui, derrubo outro ali...
Sigo minha vida agora refazendo o novelo de lã que eu sou.
Sigo minha vida refazendo a bagunça que ficou.
Não sei se é poesia, mas garanto que tem profundidade.
Uma alma atormentada pelas angústias da vida, encontrando uma saída
que só existe nela, que chamam de poesia.
Tormentas de saudades de uma vida deixada para trás, cujas lembranças são demais e fortes...
Lágrimas de tristeza banham o rosto daqueles que tanto sofrem
por um amor, dor ou um dissabor da vida.
Como uma Fênix, ressurgimos das cinzas, nos renovando e crescendo.
Mas a saudade permanece, dos dias deixados para trás que hoje já não voltam mais...