Priscas eras
Quando o vento balançava as copas das árvores
O sol repousava num horizonte frio ao norte
E as palavras se erguiam pelo altar-mor da razão
Os passarinhos oscilavam diante de meus olhos
O cheiro forte da maresia aguda do mar
Raiava feito seda em pele jovial de mulher
Que procurava um amor tórrido entre sonhos
E entre mistérios opacos duma vida sem sentido
Sentir amor é sentir a vida? Eu poeta, eu menino.
Discípulo da saudade e da esperança, criança.
Me alimentando de lágrimas tangentes do coração
Escutando uma linda canção que a alma amansa.