Exílio

Macerada entre meus egos,

Ora, jaz a sina abaulada,

Que de sua caixa de ecos,

Ressoa a paz alucinada.

Aqui, nesta terra desabitada,

Relembro o apogeu dos atos,

Donde outrora via encarnada,

A beleza crua dos fatos.

Proscrito de tênue regresso,

Pela ilusão dum belo fado,

Hoje, choro ao viço do excesso.

Do desdém antes propalado,

Não retiro qualquer progresso.

Só o pavor dum ser escarpado.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 18/01/2020
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