Exílio
Macerada entre meus egos,
Ora, jaz a sina abaulada,
Que de sua caixa de ecos,
Ressoa a paz alucinada.
Aqui, nesta terra desabitada,
Relembro o apogeu dos atos,
Donde outrora via encarnada,
A beleza crua dos fatos.
Proscrito de tênue regresso,
Pela ilusão dum belo fado,
Hoje, choro ao viço do excesso.
Do desdém antes propalado,
Não retiro qualquer progresso.
Só o pavor dum ser escarpado.