Rabiscos de giz
Na areia os passos consagram
Com o rápido passar das águas
Ventos e fumacê sem chaminés
Músicas em toadas propagam
O ritmo e o som do banzeiro
E o voar do solitário pássaro.
Nuvens dispersas, tempo abafado
O coração em sintonia distante...
Diálogo com o balançar dos galhos
Folhas caem e em seguida se vão:
Levadas pelo vento e pelas águas
Feito beija-flor que ao beijar embora vai.
Pingos de chuva sobre o corpo
Suor forma açude no sertão
Tudo são meras ilustrações
Que o pensamento desenha;
Rabiscos de giz no quadro da imaginação:
Versos com traços de sonhos e canções.