Faz tempo...

Faz tempo...
Que não viajo pelas estrelas.
As provações da matéria
Me afastam do índigo.

Doce Beta...Distante Beta...

O tapete empoeirado
Descansa esquecido 
Num canto qualquer
Deste Uni Verso cristalizado.

Incríveis viagens estrelares.
Saudade...

A vida segue inexorável
A caminho do desconhecido
Incontrolável.

Faz tempo... 
Que as palavras encarceiradas 
Cumprem pena solitária
No amargo tempo da ausência. 

Faz tempo...
Que a poesia pausada me paralisa
E a tinta desbotada
Da porta fechada
Abriga apenas 
Memórias longínquas .

Todas as vozes se calam
Quando nas nuvens escuras
Desenho naves espaciais.

Meus olhos se fecham
E tento decolar.
Um raio de luz 
Atravessa a minha mente
Tímida ... Mente...

Tento tocá- lo
Impossível detê-lo
Deixo-o ir
Fugir...
Fluir...
Seguir...
Sumir...
Talvez...retornar.

Ceica Esch-Dezembro 2019
Ceiça Esch
Enviado por Ceiça Esch em 29/12/2019
Reeditado em 06/01/2020
Código do texto: T6829493
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