Colo
Beija de leve meus olhos
E quando eu adormecer
te levarei comigo
nesse e-terno olhar
Me ajeita no teu colo
Deixa-me adormecer
junto do teu coração
este descompasso meu
Me afaga no nosso seio
O porto abrigo, que aporto
distante, e acolhedor
foi e será sempre assim.
Quando me adornavas
de ternuras e cantigas ?
de sons escutados nos buzios
e a sonoridade das vagas
Nas preces que fazias
num rosário, sem fim,
Aos Querubins e Arcanjos
E Anjos todos os dias
Teu semblante recordarei
No afago que sempre trago
E pra sempre me aquietarei
Nesse dôce e terno olhar.
Antonio Noronha 19