SORDADI DI MÓI...
Êta sordade, que dói até muito doída...
Tritura o corpo e deixa a alma moída!
Qui sintimento infernal do inferno...
Qui queima inté mermo no inverno!
Sordade minha, sordade tua, nossa...
Da casinha, da gente, daquela roça!
De Zé di Joana, Creginaldo, Zé Vaniz...
Da igrejinha lá da baixa e o chafariz!
Luiz Dicosa, das caçadas lá na serra...
Do cabrito manhã cedo, quando berra!
Sônia Barradas, a primeira namorada...
Ah! A Feitoria no tempo da vaquejada!
Sordade é no coração um fogo devorador,
Queimou felicidade, meninice e meu amor.
Aqui, hoje, 15.12.2012
09h37min [Manhã]
Estilo: Soneto