>SAUDADE DE TI*

A saudade me invade
Rasteja sem juízo
Grita tresloucada
Sem fazer ruído

Semeia esperança
Recolha-se sombria
Sem saber do outro
Pusilânime inebria

Cortes e marcas
Cicatrizes saradas
Arregaça o peito
Saudade escalada

Até amanhã
Já me vou agora
Saudade eu levo
Amor sem demora

Deixando em cicatriz
O corte mais profundo,
Outrora fui feliz
Agora um giramundo
Que foi ser aprendiz
Do amor em um segundo
Não teve o bem que quis,
E penetrou mais fundo

Nos olhos da quimera,
Serpentes e Medusa,
Matando a primavera
Saudade vem, abusa
E a vida de quem dera
Morrendo tão confusa
No fim se degenera
Nesta palavra lusa.

Saudade é ter o mar
Salgado dentre em mim,
Saudade de te amar,
Ó meu amor sem fim...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 05/10/2007
Código do texto: T681840
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