reflexões do ano sabático
estamos distantes,
não separados por barreira tão banal
quanto a água que nos ilha,
mas por gigantes ondas de realidade
que desaguam em diferentes universos
de lembrança e vontade de futuro.
o presente, bem…
vive no centro de tais ondas,
as vendo ir por convencionalidades de natureza e destino,
que por sinal, não ligam pro agora,
deixando vil tarefa a pequenos seres
de uma outra dimensão.
triste dimensão de homens que controlam ondas,
mas que por descuido, afogam-se.
volta como tarefa à maré
lavar a baía de corpos e ideias,
os trazendo consigo, onde o tempo
emana radiações de esquecimento
para curar o coração dos que ainda respiram.