SEM VOCÊ

Quando estou contigo disfarço

Que não me faz falta

Que sua companhia é natural

Como o ar que se respira

O sol que me aquece

Assim dissimulo os sentimentos, não mostro apego

E atenção que que você merece e precisa

Porque sou egoísta e alheio

Mas quando você está distante

é que deparo o quanto te amo

Descubro que sem você,

Não passo de um velho rio dividido pelos bancos de areia

Prestes a sucumbir

Que sou os cacos de um vaso chinês raro

Que não poderão ser juntados porque faltarão peças

Sem você, sou as mãos frias da humanidade, negando amor

Porque sem você a flor que nascer nas manhãs

Não sobreviverá e nem terá importância

Porque, sem você, minhas manhãs serão frias e distantes

Onde as flores não são notadas

Sem você, minha esperança será um parto difícil e arriscado

E poderá nascer morta

Porque sem você, não passo de uma vidraça quebrada

Numa casa sem gente

Por onde entram as impurezas do mundo!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 03/10/2007
Reeditado em 09/05/2021
Código do texto: T679414
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