SEM VOCÊ
Quando estou contigo disfarço
Que não me faz falta
Que sua companhia é natural
Como o ar que se respira
O sol que me aquece
Assim dissimulo os sentimentos, não mostro apego
E atenção que que você merece e precisa
Porque sou egoísta e alheio
Mas quando você está distante
é que deparo o quanto te amo
Descubro que sem você,
Não passo de um velho rio dividido pelos bancos de areia
Prestes a sucumbir
Que sou os cacos de um vaso chinês raro
Que não poderão ser juntados porque faltarão peças
Sem você, sou as mãos frias da humanidade, negando amor
Porque sem você a flor que nascer nas manhãs
Não sobreviverá e nem terá importância
Porque, sem você, minhas manhãs serão frias e distantes
Onde as flores não são notadas
Sem você, minha esperança será um parto difícil e arriscado
E poderá nascer morta
Porque sem você, não passo de uma vidraça quebrada
Numa casa sem gente
Por onde entram as impurezas do mundo!