Na cíclica saudade que me abraça
e aperta com força descomunal
coração,
corpo e
mente
não me dou conta ser ela
Mulher ou Homem.
Pensei em escrever cartas
achei que não convinha.
O amor tem dessas coisas, deixa
a mente inquieta,
o peito dolorido,
a alma excitada...
Não. É melhor não escrever!
As muitas letras apaixonadas
casam melhor nas música.
Cantar o amor pode parecer
arranjo, sonoridade de palavras;
escrever pode parecer piegas,
pode dar conta que eu,
mulher feita, fiquei refém
de um tal menininho
que nascido outro dia
à noite me dá arrepios.
É que na maturidade
amar nos faz criança
brincando de cabra-cega,
sendo alvo de flechas e de
pensamentos estúpidos,
tolos em ridícula saudade.