Quando a memória aperta o peito...
A falta que aquele cheiro
De mato fresco me faz,
Tudo que um dia amei
E não vejo mais.
Aquele abraço quente
Que você me dava,
As horas passadas
Jogando conversa fiada...
Não posso mais lembrar.
Porque isso doí,
Pensar que tudo se foi,
Simplesmente doí.
Mas a vida é feita de desapegos,
Devo aceitar essa opulência obscura
Que carrego sobre o futuro
E o desespero do presente.
Mas momentos como esse,
Em que escrevo essa poesia desregrada,
Me fazem lembrar de ti, querida amiga,
Que deve está a alegrar outras vidas.
Se um dia eu te achar,
Espero ter aquele abraço outra vez.