SAUDADE

Sentada na beira da cama

Noite quente

Vento paralisado

Pensamentos em dilema

Alguns tontos outros santos

Desalento, desabamento de emoções.

Saudades de matar a saudades

Suspiros nostálgicos

Insanidades afloram, habitam meu eu

Quero correr

Retornar aos anos dourados

Plim Plim varinha mágica

Atenda meu pedido

Desilusão a frente do espelho

Pedido negado

Escorre pelos olhos a dor da saudades

Dor dolorida, fere mais que lâmina das guerras medievais

Corta a carne

Estraçalha a alma

Impõe sua força desproporcional ao meu corpo fragilizado pelo tempo e o vento.

Saudades pra quê?

Ninguém me vê

Xô pensamentos

Vou dormir o sono dos justos