O tempo não pára
Ela não era feia, mas também não era bonita. Tinha um estilo próprio, não seguia tendências. Gostava de Heavy Metal e Cartola. Odiava filmes de romance, mas vivia escrevendo sobre. Dizia que não queria ninguém, mas sonhava em se casar. Não queria ter filhos, mas dizia que se tivesse uma filha á chamaria de “Alice”. Aquela menina era um eterno paradoxo, acho que nunca vou entendê-la. O que eu mais gostava nela, era uma tatuagem que ela tinha no braço direito: “O tempo não pára”, dizia a tatuagem, mas nunca vou me esquecer de quando ela me disse: “É bom ter você por perto. Gostaria que o tempo parasse."
Como eu disse, ela é um eterno paradoxo.