Solidão

A solidão vem em mim como as correntes:

Fazem ruídos fantasmagóricos arrastados.

Quem pode seguir em frente e que não sofre?

Eis-me aqui: VAZIO.

Faço longas viagens e das janelas

A minha mente voa em conjecturas,

Por entre os rápidos galhos das árvores

As casas, os prédios e o mar

Também o tempo voa e muitas vezes

Como um luto infectante

O peso... a bigorna no espírito.

Nasci, talvez, fadado a ser só triste

Na vida.

São tantas perdas; tão poucos ganhos

Tão longas horas... tão pouco alento.

São coisas que guardei e nunca disse...

Quisera eu que tu soubesses...

Henrique de Castro Silva Junior
Enviado por Henrique de Castro Silva Junior em 11/09/2019
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