Solidão
A solidão vem em mim como as correntes:
Fazem ruídos fantasmagóricos arrastados.
Quem pode seguir em frente e que não sofre?
Eis-me aqui: VAZIO.
Faço longas viagens e das janelas
A minha mente voa em conjecturas,
Por entre os rápidos galhos das árvores
As casas, os prédios e o mar
Também o tempo voa e muitas vezes
Como um luto infectante
O peso... a bigorna no espírito.
Nasci, talvez, fadado a ser só triste
Na vida.
São tantas perdas; tão poucos ganhos
Tão longas horas... tão pouco alento.
São coisas que guardei e nunca disse...
Quisera eu que tu soubesses...