O Sertão e a minha felicidade
Foi numa estrada de chão bem batido
que encontrei com a minha felicidade
Sertão que até hoje por mim não foi esquecido
mesmo eu tendo com seguido a vitória aqui na cidade.
Naquela estrada de terra vermelha e preta calçada
foi que eu dei os primeiros passos na letra
e é por isso que jamais da minha mente será riscada
já que compartilhou comigo os rabiscos da primeira caneta.
E foi também com a caneta que eu de lá me mudei
na esperança de um dia ser um bem letrado
por isso muitos percalços na vida passei
e hoje depois de muito a letra usar, do trabalho me aposentei.
Mas ainda carrego no peito a teimosa saudade
que a caneta plantou no meio do meu coração
trazendo a ele a alegria e a grande felicidade
felicidade, está grande dádiva que eu trouxe lá do sertão.
Se esse mesmo sertão ainda hoje me chama
também clama a presença da minha primeira caneta
pena que não podemos desfrutar com ele a chama
da felicidade que contém aquela estrada de terra vermelha e preta.
Como eu posso aqui na cidade esquecer o meu sertão
já que foi lá que nasci e aprendi as primeiras palavras
hoje eu divido com a caneta e o meu velho coração
a lembrança daquela estrada que na infância eu andava.
Se alguém me pergunta o por que da lágrima escorrida
pelo meu rosto e indo alojar bem em cima do coração
eu respondo que é a saudade da estrada de terra batida
que até hoje eu não esqueci, como também não esqueci do meu sertão.