EM TONS CINZAS OU CIANOS
Lágrimas na gare, lástimas, gritos.
Consciência do nascer infinito,
De um amor isento de esperas,
As quais infinitas feito esferas.
A mão... da janela acena e chora
Também, ali do trem,
Ali do trem, também
Sabe que ela quem vai embora.
Pouco a pouco os trilhos apontam silêncio.
Todos voltam aos cuidados de seus afazeres,
Mas quatro mãos tocaram nesse piano
Cada canto nessa estação no intento
De preservar esses tantos morreres,
Seja o céu feitos cinzas ou tom ciano.