Flor Bela, bela!

És bela como uma flor, toda molhada, banhada pelo frescor da madrugada;

És bela, como a aurora, suavemente febril, aquecida pelo calor do sol nascente;

Bela: Surgiste em mim como o desabrochar de uma flor num amanhecido verão;

Bela: foste embora de mim, assim como as nuvens, num vento forte de agosto;

Partistes, Bela, bela,deixando para trás, todos os meus dias, cobertos de um inverno, de um frio intenso;

Hoje, fortes chuvas, inundam meus dias; Trovões, relâmpagos, atormentam minhas noites, num sentimento enternecido;

Seu calor intenso,Bela, bela, deixou brasas que ainda ardem, corpo adentro;

Bela, ainda preciso, um pouco mais, do queimor desse sol amanhecido, nascente em seu corpo;

Bela, a janela ainda guarda, emoldurada, a tua imagem fechando o portão;

Bela, meu corpo ainda guarda, em minha pele, a suave e rara fragrância do teu cheiro de fulô;

Flor Bela: De cheiro adocicado e tão singular. Por Deus, não te esqueço!

Bela Flor nascente no deserto da minha alma. Por Deus, volta!

Marcos Cavalcanti

Cavalcanti
Enviado por Cavalcanti em 28/09/2007
Reeditado em 20/11/2008
Código do texto: T672142