“Vidas inteiras”
Roma, 11/08/2019
Quando chegar
Que chegue cedo
Não terá medo
Não tenha medo
Eu te adianto
Vamos viver
Dois por você
Você por mim
Em um mundo
Até então estranho
Vamos pulsar
Nos envolver
Sem feridas
Do que ficou
Que passou
A descer prantos
E encantos
Gente inteira
Que se respeita
Não admite
Nem deixa beira
A um novo oco
(como fui tolo)
Dos muitos jogos
De vaidade
E de carência
A adolescência
De egos soltos
Tenho uma receita;
Amor próprio
Sem fronteiras
Lealdade
Liberdade entre Nós
Espíritos fortes
Unidos sem nós
Cada um à sua maneira
Assim
Afins
Não há espaço
Nem se recorre
A mais enganos
De vidas costeiras
Longe de superfícies
Quero mergulhos
Sem paraquedas
Olhos abertos
E vidas inteiras.