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1. SAUDADES

Quando todos dormirem,

Os sonhos se vão...

Como gotas da chuva,

Caindo no chão.

Poderíamos ter mudado o mundo, não? Mas acho que nos perdemos nas palavras... Persuadimo-nos ao nada, para por fim... Ter um triste fim. Porém, como nos sentimos agora? Tristes? Confusos? Eu não sei. É uma pena, porquê...Eu te amava, você me amava, mas nos confundimos no meio do caminho, corremos rápido demais, quando tudo o que precisávamos era um pouco mais de tempo.

Olhando nossas velhas fotografias eu pude perceber que, eu me perdi em algum outro instante do passado, éramos tão jovens... “Nunca é tarde demais para se tornar aquilo o que poderíamos ter sido”... Não é o que dizem? Eu poderia te ligar agora mesmo e te dizer... O-QUANTO-EU-SINTO-A-SUA-FALTA... Mas não, eu não posso porque prefiro me afogar na minha própria solidão e ignorância, do que carregar comigo o peso de nunca te ver voltar, e tudo o que você é agora, é uma lembrança, e talvez seja por isso que seja tão difícil esquece-lo, porque você esta fundido em minha mente como uma memória que constantemente eu vou sentir falta. Mas foi você, VOCÊ! Que me acostumou com sua ausência, que me acostumou a me sentir tão... Tão... Só.

Essas músicas que ecoam pela madrugada me açoitam como chicotes reabrindo as velhas feridas, rasgando ardentemente novas cicatrizes... E eu, eu sinto falta do antigo ‘NÓS’...

Não podemos mudar o passado ou salvar o que restou de outrora... Tudo o que temos são velhos fragmentos pontiagudos, como vidro quebrado, que foi estilhaçado ao sólido adeus. Nós fomos, NOS FOMOS! Eu deveria te deixar ir por inteiro, eu deveria te vomitar de minhas entranhas, mas isto me sufoca... A estúpida ideia de nunca mais te ver me deixa hesitante e inquieta quanto a tudo isso... E o que eu posso dizer?

Eu sinto falta de você.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 31/07/2019
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