A PRECE
Tu vives, eu sei, como prisioneiro
Teus ais eu ouvi num grande lamento
O que fez de tua vida um tornento
Foi meu aceno e beijo derradeiro
Foi, quem sabe, um inimigo d'amor
Um tal destino que nem sei se existe
Sei, meramente que minh'alma insiste
De arrependimento, sempre sofrer
E ao ver-te longe...tão longe de mim
A beijar uma flor noutro jardim
Sentindo o meu gosto no beijo dela
Correm dos olhos, rios de saudade
Então rogo a Deus, lá na etenidade
Dar-me, enfim, o que hoje, a minh'alma anela