MADRUGADA
(Sócrates Di Lima)
Madrugada silenciosa..
impiedosa,
Pego-me sem sono,
Pensando em você,
Quase um abandono,
coisa que a saudade não vê....
E lá se vai a madrugada,
Seu telefone não atende...
Como se você estivesse calada,
Coisa que a minha saudade não entende.
Mas, deixa ela...!
essa minha saudade sem jeito,
Nem o vento bate à minha janela,
e nada vem desafogar meu peito.
madrugada, nem quente, nem fria,
um lusco-fusco do nem sei o que...
mas, o que importa é que tenho a poesia,
para me trazer você.
E aqui estou...
pensando novamente em você,
O que fazer, o tempo agora parou,
e eu nem sei por que!
Duas horas de dezesseis minutos,
De um domingo silencioso, ali fora,
Mas, aqui dentro um barulho que reluto,
para que me deixe e vá-se embora.
Mas, no meio de tanta inquietude
parece que o sono vem chegando,
vou deitar-me, para sonhar com ou sem licitude,
De qualquer jeito queria ter você me amando.
Contudo, ai, no seu silencio deve estar pensando,
pelo menos um pouquinho em mim,
E assim, vou me deitando,
Esperando sonhar com você, enfim.
Então, vou me deixar fingir....
Porque agora, não posso te-la,
Mas, me conforta o fato de você existir,
e assim, vou dormir, com minha estrela.