O TEMPO DA SAUDADE
Um paradoxo sentimental
Olhares de felicidade e tristeza
Saudoso era teu sorriso farto
E a comunhão espiritual
Mira a noite, ouve o som da natureza
E a voz suave completa a beleza
De uma era onde o amor era crível
E o mundo era nosso, particular
Saudades do teu cacho de Aloe Vera
Sua alma encantada, iluminada
Perdeu o brilho na caminhada
E entre dores, sabe quem foi a culpada
Cilada da vida, foto rasgada
Memória em nada apagada
Lembra viagem, as risadas
E a casca da pele ferida
Tempo, o senhor das nossas vontades
Corta os laços, desembaraça nós
Traz confusão, pois a distância
É fato certeiro, não volta
Mas é traído pela força da saudade
A memória afetiva é atemporal
Cactos e orquídeas.