DEVANEIOS
Janelas neste lado
Presas nesse quarto
Dimensionadas para a liberdade
Ou o vazio do horizonte
Tulipas a distrair
Este olhar
O gelo cor da casa
Invadia o tempo
Alegro-me aos montes
Com o simples
Fugindo de nós
Nas noites quentes
Até dezembro chegar
Onde algo tem algum valor ou lugar
Por entre os carros
As praças e as luzes
Árvores e gente aparentemente menos infeliz
Sem motivos
Janelas e portas
As vezes simbolizam paraíso
Enquanto estas
Remetem ao inferno
De ser assim tão sozinho.