DOCES LEMBRANÇAS
Doce lembranças
Lembro me bem daqueles tempos.
É claro que fica vago momentos.
Aquela infância brincando pelas beiras dos rios.
Não sabia nada, nadar eita desafios.
Um badoque de borrachas.
Sandália com tarraxas.
Uma invenção de pipas.
A moedas se chamavam nicas.
Meu lanche não era pão, não era x salada, sabe o que tinha.
Aquele copaço de mistureba café com farinha.
Minha mochila escolar era um embornal.
Meu kiichute, minha conga, história de jornal.
Caiu no poço. Salta o muro, pé na rua.
Brincadeira sadia e crua.
Gude, maços de cigarro contina.
A discaradice do roubo ao beijo da prima.
Um livro de Romeu e Julieta, Dalila e Sansão.
Cada dia da infância seria uma canção.
Merenda escolar era rapadura.
O bate bola rebolado da cintura.
Doces lembranças que guardo na lembrança.
Está na poesia, na velha quadrilha que dança.
A internet e a nova geração.
Saudade que volta não.
Giovane Silva Santos