DOCES LEMBRANÇAS

Doce lembranças

Lembro me bem daqueles tempos.

É claro que fica vago momentos.

Aquela infância brincando pelas beiras dos rios.

Não sabia nada, nadar eita desafios.

Um badoque de borrachas.

Sandália com tarraxas.

Uma invenção de pipas.

A moedas se chamavam nicas.

Meu lanche não era pão, não era x salada, sabe o que tinha.

Aquele copaço de mistureba café com farinha.

Minha mochila escolar era um embornal.

Meu kiichute, minha conga, história de jornal.

Caiu no poço. Salta o muro, pé na rua.

Brincadeira sadia e crua.

Gude, maços de cigarro contina.

A discaradice do roubo ao beijo da prima.

Um livro de Romeu e Julieta, Dalila e Sansão.

Cada dia da infância seria uma canção.

Merenda escolar era rapadura.

O bate bola rebolado da cintura.

Doces lembranças que guardo na lembrança.

Está na poesia, na velha quadrilha que dança.

A internet e a nova geração.

Saudade que volta não.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 22/06/2019
Código do texto: T6679369
Classificação de conteúdo: seguro