O tempo nos perdeu
há um canto constante e cruciante
em sonhos e pesares que o vento traz
são vozes de um amor passado
dobrado e engavetado
a gaveta tranquei
a chave perdi
nos nossos nós
não há trajetos
os objetos
não guardo mais
houve o amor
a febre da procura
provoquei loucuras
desfrutei a intensidade
mas o tempo nos perdeu
sobraram promessas
meros clichês
horas roubadas
um gosto amargo
de possibilidade
e um beijo teu
Helenice Priedols