Engano(?)

Quando, reificado em veludo carnal,

Pus em alqueive minha doce sorte,

Pensei: - “quem me dera iludir a morte,

Para viver enlutado nesse vício imortal”.

Aguardei o Jubileu de modo clerical:

Claudicante em verna..., mas sem norte...,

Erigindo minha espada..., mas sem corte...

Porém, ora, vivo eu, em equinócio vernal.

O que será, então, a paz? Perguntei...

Será um anestésico de frenesi insólito?

Ou, será o abraço de um amor bucólico?

O que será, então, a paz? Reiterei...

A renúncia de uma paixão anacrônica?

Ou, o enterro da esperança canônica?

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 19/05/2019
Reeditado em 19/05/2019
Código do texto: T6650793
Classificação de conteúdo: seguro