Paisagista
Era um alto arranha céu
De que tanto arranhar,
Cansou, deitou ao chão...
Por entre entulhos, orgulhos,
Rixas, dinheiro, ego, e mais nada...
Aqueles que nasceram com olhos para esse mundo
Não viram a cara para a tristeza, acolhe-a como não espera.
Tens agora amiga de noites desenamoradas.
Nas praças, os bancos encharcados dos traídos amores
Lembram ainda das chorosas noites passadas.
Não recebem bem as palavras apaixonas
Esconde-as debaixo de qualquer “desculpe”
Não perde o equilíbrio a bela imagem angustiada.
Não há beija-flor,
Na terra cinza apenas o vazio cresce!
No céu, nada de nuvens
No chão, nada que preste!
Nas belas molduras
Penduras saudosa felicidade
Que o tempo com mão pesadas
[ Arrancou...