Paisagista

Era um alto arranha céu

De que tanto arranhar,

Cansou, deitou ao chão...

Por entre entulhos, orgulhos,

Rixas, dinheiro, ego, e mais nada...

Aqueles que nasceram com olhos para esse mundo

Não viram a cara para a tristeza, acolhe-a como não espera.

Tens agora amiga de noites desenamoradas.

Nas praças, os bancos encharcados dos traídos amores

Lembram ainda das chorosas noites passadas.

Não recebem bem as palavras apaixonas

Esconde-as debaixo de qualquer “desculpe”

Não perde o equilíbrio a bela imagem angustiada.

Não há beija-flor,

Na terra cinza apenas o vazio cresce!

No céu, nada de nuvens

No chão, nada que preste!

Nas belas molduras

Penduras saudosa felicidade

Que o tempo com mão pesadas

[ Arrancou...

André M Carneiro
Enviado por André M Carneiro em 17/05/2019
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