SAUDADES
Palpitam saudades das cantorias,
aquela infância enluarada na
varanda da casa.
Palpitam saudades da casa velha,
o cavaquinho antigo do meu avô.
Aqueles contos sem pé, sem cabeça...
Palpitam saudades daqueles risos
das mentiras inventadas, para
mandar dormir a criançada.
Na lua cheia era uma festa.
A rua ficava toda iluminada,
não havia luz elétrica.
Era um movimento na casa!
Saudade...
Tudo era sem pressa.