CRISTAL QUEBRADO

Náufraga de sonhos,

tenho saudades de mim mesma.

Guardiã estática

de uma performance em cacos,

já não sei quem sou.

Quebrou-se o cristal!

Incendeiam-se restos de esperança,

multiplicando a inércia dos instantes.

A solidão se faz...

Sonho frustrado.

Permito-me o impossível

porque as portas me fascinam.

Vivo emoções do tempo que se foi.

Das derrotas,

guardo o aprendizado.

Não fujo de nada!

Nada em mim petrificado está.

Há muito sentimento

ainda.

Mergulho nos meus cantos,

escudo-me na coragem,

pois inteira sou

para esta viagem seguir.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 01/11/2005
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