Naquele Bar
Naquele bar eu vi a moça.
Cabelos crespos, grande voz de cantoria.
Com aquele violão que tantas cenas de madrugadas assistira, tocava naquele instante uma alegre canção.
Chegaram homens de vários tamanhos, alguns legais, outros para lá de estranhos.
Mais uma vez a música a tocar, eu ali tão perto dela e tendo de trabalhar.
De repente, o som parou, logo a sonata estrelou o forte brilho do luar, a tal cantora fora faturar, com algum daqueles que a ouvia fora se deitar.
Eu dali de minha mesa, também recebi um convite, tive de aceitar, sai do salão pequeno porém alegre do bar para o canto escuro de um quarto sem limpar.
Nessa cama que me deitei, quantas outras e outros deitará, quantas estórias e lamentos ela tecerá.
Por que o infortúnio é o nosso companheiro de estar.
Eu mudei, acho que sim, já a cantora não teve a sorte de achar o fim.