Das heranças

Um rádio na varanda

Uma televisão ligada

Um jogo qualquer

Uma rede de balanço parada

Ausente de movimentos

Carência de barulho

Inquietude constante

Uma rede de balanço parada

Diálogos que não ocorrem

Lembranças que não morrem

Saudade que não tem fim

Uma rede de balanço parada

Percalços de uma vida

Contos de uma história

Memórias ricas e vivas

Uma rede de balanço parada

Um sorriso que não se acaba

Uma disposição muito invejada

Um caminho que só ele sabia

Uma rede de balanço parada

Vida que seguiu

Renasceu, recriou, inovou

Novos laços e teias incentivou

E por força da ventura, a rede, enfim, voltou a se mexer

Andarilho

Rousseau e o Andarilho
Enviado por Rousseau e o Andarilho em 16/02/2019
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