SAUDADES
LAMA DA REVOLTA
“Quanta falta... Há dias que não volta”!
Na lama da revolta,
O preço, que, não paga as vidas
Ceifadas por conta da displicência!
Em sã consciência pela ganância
Do vil metal da morte instrumental!
“Saiu cedo para trabalhar e não voltou”...
“Tenho esperanças de voltar a vê-lo”...
Dores de uma família destroçada!
A perda de um ente querido
De maneira trágica e estúpida!
Pudesse aquela barragem ter sido
Manutenida, e, prevista a desgraça
Possível e imaginária, pelo senso
Da responsabilidade e do perigo propenso!
O meio ambiente fora agredido
Violentamente por esperado acidente!
Vítimas violentadas pelo lamaçal
Dos caciques abonados e enriquecidos
Abateu os corações entristecidos!
“Brumadinho” jamais será a mesma...
Abateu-se sobre ela uma desgraça...
Famílias dizimadas... Trabalhadores
Tragados pela lama da vergonha...
Da sinistra barragem vazou langonha!
Deixou uma população tristonha,
Que, após dias das perdas ainda
Alimenta a esperança do reencontro!
Uma tragédia que abalou o Brasil!
“Já começo a sentir saudades”...
“Esperamos que esteja vivo”...
“A esperança é a última que morre”!
Corações abatidos, mas, ressentidos,
Aguardam o possível reencontro!
Jose Alfredo