SONHO ANTIGO
venho contar de um tempo longínquo
morto? enterrado?
talvez para sempre lembrado
uma boca capaz de deixar tanta lembrança
que conseguiu a eternidade atravessar
uma boca suave, terna
onde adormeceram palavras doces
e beijos
e umas mãos leves, lisas
umas mãos que conheciam a arte de acariciar
e um olhar!
Deus, que olhar!
trazia todas as estrelas do céu e a profundidade do mar...