ODE À POESIA
Oh alegria de minh'alma
Oh tão belo dom divino
Protetora de todos os segredos
Acolhedora dos sonhos de menino.
Que bom que retornaste!
Agradeço por lembrar de seu escravo
Sem ti, estava morto-vivo
Nem sabia mais como se sentir amado.
Que longo deserto fizeste
Acredito que tenha sido necessário
Voltaste mais bela e sublime!
Devolvendo o amor a seu antigo amado.
A via oculta no horizonte
A essência do silêncio era seu manto
Pelas águas rondavam-me indiferente
Na escuridão, guardava-me sem descanso.
Sem nome, sua presença rondava-me
Sua onisciência, pacientemente, me envolvia
Aos poucos permitiu-me saborear
Seu simples sabor que contagia.
Não há poeta sem tua presença
Não há ode sem o te encanto
Nem o mais belo canto sem ti não há
Sem ti, nenhuma palavra tem sentido
Sem tua alma não passam de riscos.