CANTAS, VIOLEIRO!

CANTAS, VIOLEIRO!

Cantas,

no limiar da noite

fresca,

e ouves

o coaxo do sapo

no brejo;

no brilho

da lua, o vento

resfresca a noite,

enquanto

cantas com gracejo.

Cantas,

e o som

da viola ecoa,

e embalas

o sono dos arvoredos;

cantas,

qual pássaro

noturno entoa,

a melodia que cantas

sem segredos.

Cantas,

para a amada

que ainda vem ao teu

encontro,

ao namoro sob o luar;

cantas,

porque ouves também

do Além,

o canto das almas

mortas no eterno lar.

Cantas,

violeiro,

ao som da viola,

do realejo;

cantas, porque tua amada

está prestes a chegar;

cantas,

porque sentes saudade

dela;

e aproveitas o ensejo,

para evocar

tua presença de alma

morta contigo,

sob a noite de luar.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 17/01/2019
Código do texto: T6553011
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