Finos acordes preenchem a solidão
sombras dos tempos felizes aparecem
num pedaço da minha alma confinado
inerte, sem cor, revivem na canção.
Violinos tocam o ar delicados
pranteio, a dor dilacera meus vãos
que sofrem e desmancham-se em saudades
sons estremecem o peito apertado.
Estendido em cada fibra do meu eu
é o fim, o nada, que está gravado
entristeço, há cheiro de morte nas mãos.
Fugaz, inútil, eram delírios vagos
vívidos na dança da verdade
a música parou, despertei no chão.
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=KQx-ocX3QbI