A Flor
Em meu jardim pendia uma sorridente flor
Sustentada apenas por um fio de sanidade
Era um fio invisível que somente podia ser sentido
E ele a segurava pelo caule
Apesar de todo o vento forte
Apesar do sol escaldante
A flor continuava ali, suspensa e sorridente
Suas pétalas chacoalhavam com os ventos
E a luz solar a mantinha viva por dentro
Porém um dia o fio que a suspendia fora cortado
Desconheciam o portador da tesoura
Mas todos conheceram a flor despedaçada
Quando esta sorriu pela ultima vez
Antes de ser eternizada apenas em memórias
As outras flores do meu jardim então sentiram sua falta
E murcharam com o tempo
Sem sorrisos não há vida
Sem sanidade não há sorrisos
Sendo assim meu jardim fora queimado
Assim como todas as sementes que ainda não germinaram
Havia uma flor suspensa em meu jardim
Ela era sorridente
Mas ela sorria apenas para mim
E isso incomodou a realidade...
(Guilherme Henrique)